Plano de emergência elétrica na Venezuela
Nenhum plano de emergência com sanções e descontos tirará a Venezuela da crise, segundo o especialista em energia José Manuel Aller, da Universidade Simón Bolívar, de Caracas. Segundo ele, a população e o setor industrial pagarão a conta da inoperância do governo em realizar as obras necessárias ao país:
- A solução para a crise é investimento, manutenção e economia - disse ele, por e-mail, ao blog.
Para diminuir o consumo mensal de energia, Aller estima que as indústrias venezuelanas terão de produzir 20% menos. Só assim, será possível atender às exigências estipuladas por Chávez no plano para conter a emergência elétrica, divulgado hoje.
O que o governo está fazendo, de acordo com o especialista, é duplicar a tarifa de energia paga pela classe média.
- Todos os clientes que consomem mais de 500 kWh serão considerados de alto consumo, quando uma geladeira é responsável por 175 kWh por mês - diz ele.
Segundo o decreto de Chávez, as contas que registrarem mais de 500 quilowatts-hora por mês - cerca de 24% dos consumidores residenciais - deverão ser reduzidas em 10%. Caso não atinjam a meta, a fatura vai ficar 75% mais cara para esses consumidores. Para aqueles que ultrapassarem o consumo em 20%, o aumento na tarifa será de 200%.
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